quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Um breve e sucinto relato de minha trajetória acadêmica


Nas minhas lembranças como aluno, recordo-me de ter sido do tipo que, o professores, não tinham muito que reclamar. Apesar de viver em uma época em que as relações professor e aluno eram mais, digamos amistosa, e porque não dizer, mais respeitosa, o professor exercia certo poder como pessoa, e também, era muito mais respeitado e até invejado pelos alunos pelo seu conhecimento e postura em sala de aula.
Quando adolescente e adulto me mudei para Salvador onde fui tentar, como boa parte dos interioranos, um curso profissionalizante que pudesse me dar uma perspectiva de um lugar ao sol. Comecei o segundo grau em escola pública, como sempre. Nesse ínterim, descobri o que se chamava na época de Escola Técnica Federal de Bahia, a qual, hoje entendo, tinha um ensino puramente tecnicista. Era uma época de muitas possibilidades de trabalho e todo mundo via naquela instituição uma forma de definir sua vida profissional. Então fiz o curso de Eletrotécnico que era voltado para a indústria em especial para o Pólo Petroquímico. Mas, não consegui me adaptar ao trabalho no pólo, pois o nível de poluição era demasiadamente insalubre, e o que eles pagavam para as pessoas se submeterem aos riscos de vida, não me interessava. Então passei por varias empresas, sempre envolvido nas áreas industrias e de serviços.
Por fim, no ano 2003 em uma viagem com o um amigo que é proprietário de um Centro de Formação de Condutores, onde eu iria assistir a uma aula de direção defensiva para candidatos à primeira habilitação, o qual seria dado por uma pedagoga que trabalhava com ele na empresa. Eu seria um ouvinte e não um regente. Quando recebi o convite para reger palestra sobre o transito. Não me achava preparado, nem pedagogicamente, nem tão pouco dominava o assunto. Mas não teve outro jeito, todos me incentivaram dizendo que eu tinha jeito. Então topei. Foi o meu primeiro contato com sala de aula.
Então escolher pedagogia foi na verdade uma necessidade. Eu precisava conhecer mais o que era ensinar e como se dava esse processo de ensino aprendizagem. Na verdade, agora depois de meu curso de pedagogia praticamente concluído, entre trancos e barrancos, eu pude perceber que, o processo de ensinar e aprender é uma cumplicidade que se dá entre aluno e professor. Se o professor não quiser se entregar nesse processo nada acontece, assim como se o aluno não se entregar ao processo de aprendizagem fatalmente ele sairá da escola, no mínimo do mesmo jeito que entrou, sem nenhuma possibilidade de transformação.

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